sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O show midiático de JH e o complexo de édipo da esquerda baiana

O Prefeito Joao Henrique sugeriu, publicamente, que o seu partido, o PMDB, faça oposiçao ao Governador Jaques Wagner. O Prefeito quer fazer mídia, trazer a atençao para sua figura pessoal e ocultar a sua total incapacidade de gestao. Nada disso é inesperado, o Prefeito sempre agiu assim, este é o seu "modus operandi" de muito tempo, só ganhou mais força com a sua adesao ao PMDB. O Prefeito é assim, instável, desequilibrado e desajustado. É bem possível, que daqui a alguns dias, retorne a público com outro discurso totalmente diferente. Nao sei como os "intelectuais"de hoje chamam, mas, antigamente tinha quem denominasse isso de "diversionismo", in casu, ao chamar a atençao para si, o Prefeito busca ocultar algo, talvez, o inexplicável e multimilionário contrato com a empresa que vai dar consultoria para fazer o milionésimo "choque de gestao" do Governo municipal. Como já disse, isso é esperado, mas, o que é inesperado, inexplicável e irritante é como tem gente na esquerda, inclusive no PT, mesmo sabendo disso, que dá trela, repercute estas posturas midiáticas do Prefeito. Nao só repercutem como ficam a esperar do Governador uma resposta pública e direta acerca dessas coisas. O Governador é muito mais maduro do que isso e sabe o que faz, nao foi eleito à toa, ninguém vira Governador de uma das cinco maiores unidades da Federaçao, caso seja um inocente. Todo mundo que tem juízo sabe que a pior medida é responder e entrar na polêmica, que só interessa ao Prefeito. Governo é pra governar, Wagner será julgado pelo que fez, faz e fará até o fim de seu governo e nada mais. O bate-boca pretendido por JH nao serve a mais ninguém que nao seja o próprio Prefeito.

Nao bastasse isso, parte da esquerda baiana (repita-se: inclusive no PT) tem cultuado o seu Complexo de édipo, com essas declaraçoes públicas inoportunas de que o Governador tem que romper com o PMDB, tem que romper com o Ministro Geddel, entre outras coisas. É muita trela para o Ministro "Chucky" que brada mais do que faz. Gosta de alardear competência e tem um dos piores índices de execuçao orçamentária do PAC. Gosta de sugerir que será candidato a Governador, mas, as pesquisas indicam que sequer chegaria ao segundo turno, Na verdade, em boa parte da Bahia, o Ministro é um ilustre desconhecido. Mas, aproveitando a falha de alguns, o Ministro, com uma habilidade que deve ser reconhecida, faz o que antigamente chamavam de "operaçao ideológica", ou seja, o Ministro busca substituir o ex-Senador ACM, no plano simbólico, no imaginário das pessoas. Nao é à toa que toda a sua comunicaçao pública, suas entrevistas, suas falas, sao sempre baseadas nas idéias de capacidade de fazer e de autoridade, pois, mesmo que isso nao corresponda à verdade, sao os mesmos atributos que o ex-Senador usava como "seus". E diga-se de passagem, o Ministro faz isso, principalmente, porque é muito bem assessorado, toda essa operaçao é claro, tem por trás uma competente assessoria de comunicaçao. Nada disso é surpresa, polítcos profissionais como o Ministro, quase sempre adotam estes instrumentos, o inexplicável é este complexo de édipo de parte da esquerda da Bahia que, ao invés de aproveitar a sua própria presença no Governo do Estado e um ambiente político favorável como nunca houve na história do Estado para, de forma conjunta e unificada, ampliar a sua força política, fica querendo "matar o pai" tal e qual na tragédia grega. Embora nao tenha nenhuma simpatia pelo Ministro, afinal de contas, passei anos opondo-me ao ex-Senador, considero que é reverência demais e força real de menos. O Governador faz bem melhor, vai deixar o "peixe morrer pela boca", pois, seja direta ou por seus intermediários o Ministro vai mostrando que preocupa-se pouco com a Bahia e mais com sua carreira política. Vai acabar sozinho.

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